tu espantas-te com o pensamento
enrodilhado nas suas trevas
e uma lâmpada alumiada a fogo
nem chega a assentar a leveza
da neve paira um distorcido silêncio
cortina opaca houvesse um fio
fino fumo que assinalasse ao fundo
uma via e não o tactear ferido
o derrubar de muros a martelo
de toda a névoa da memória
vem abraça-me ainda
à janela nas ruas os olhares
estão cheios de ruídos
tarda já tanto e é já tempo
para que o inquieto coração bata
é tempo de ser tempo
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