tornei-me alcoólico quando morri
para ti e o mundo que fazer
se a vida se estrangulava
lenta e solenemente em torno dos olhos
coisas e pessoas
apropriaram-se de ti
e o tempo
reduziu-se a poucos
instantes que já nem sequer dobravam
deixando tudo aguardando a natural suspensão
não sou a aranha
enrolando-te no seu duplo
fio de vida e amor
perco-te aos poucos
ganho-te nesta embriaguez
de ilusões
Sem comentários:
Enviar um comentário