quinta-feira, 11 de junho de 2015

a mentira mora no céu da boca (cont.)

5.
toda a paisagem inicial
desapareceu agora estás
encerrada nesse espaço a
interior cela onde ninguém
mais pode entrar nem mesmo essa
testemunha ao teu redor lanças
a muda indignação do bode
expiatório remetes-te
à contínua revisão do que
ainda mais te faz duvidar de
ti do mundo da tua palavra

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