terça-feira, 21 de maio de 2013

Hoplá! Estamos vivos! (alguém pode oferecer-mo, enquanto eu prometo que quando arranjar emprego o pagarei)



«como se atira o dardo com o corpo todo,
com a eternidade em não mais que nada,
e depois a abolição do tempo,
e então o que respira no corpo passa à vara,
e o que respira na vara passa depois à ponta,
tu não, tu já respiraste tudo pelo dardo fora,
mudo e cego e surdo,
e és um só ponto do alvo onde respiras todo,
e tudo respira nesse ponto,
em ti, veia da terra, oh
sangue sensível» 

Herberto Helder, in "Servidões" assírio & alvim, 2013


encontrado aqui (a quem envio um abraço)

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