nesta tarde de primavera passaste branca
pela erva mal tratada do jardim ias
atrasada para um compromisso e a correr
entraste pelo caminho subterrâneo
o tempo miserável e precário em que me encontro
este rio lavando-me duas vezes na mesma água
permitiu-me seguir-te e cair
e no meio de muita gente
o atlas que sustém este coração no vazio
descansou por um breve instante e deixou-se
banhar pelas breves torrentes da imaginação
vi uma vida onde contigo
crescia diminuía bebia entre loucos amigos
flores conquistavam os paraísos perdidos de betão
perdendo-nos somente à rainha vermelha
alguém chamou por um nome
e não era o meu nem tu
o felpudo na lura
3 comentários:
o atlas que sustém este coração no vazio...
gosto
Maravilha!
obrigado às duas.
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