sexta-feira, 3 de abril de 2009

s/titulo

de um ao outro
um silêncio batido
de mal entendidos
forçando os nossos
corpos sobre vontades
e desejos de cada um
a cada um. e promessas
de viagens e rebentos com
os nossos apelidos são
como todas as promessas:
uma espera de maremoto
pelas ondas das pedras
atiradas a um charco.
sabemos que não
nos afogamos mas talvez
um eco nos apanhe
inesperadamente. voltas-te
então na cama
para esse lado
em que já não há
nem a minha nem a tua
voz e nos encontramos
nesse fundo de água
onde as pedras caiem
aos pés de um
e do outro. amanhã
contas-me novas
aventuras, os meus
pesadelos apaziguam-se
reforçamos juras
um passo mais nas promessas
um pouco mais de entendimento
um pouco mais
de amor por fim.

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