só existe tu e eu
quando falamos ou se
instala o silêncio entre os olhos
raro o encontro de realidades
estrelas introvertidas o longo pouso de uma
borboleta na mão esquecida
sobre o joelho destemida aranha
confundindo o teu cabelo molhado
pelo seu
templo após o dilúvio
raro mais ainda do maior silêncio
a mais longa fala
diálogo a cinzel abraço adiado
a meio da
cozinha como no
fim de uma peregrinação
só tu e eu existe e a devastação
de sonhos
a torrente imparável da vida em catadupa
essa cadeira empenada
lançada por outra mão em desequilíbrio
a cada novo soerguer do chão
só tu e eu
teimosamente
sem desistir
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